terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu sou ego, eu sou ísta, eu sou egoísta

O título explica a minha ausência. Sou egoísta demais para conseguir cuidar de um blog por muito tempo. Tente Outra Vez, e eu não desisto.Talvez isso seja apenas Maluco- Belezisse da minha cabeça, mas às vezes o gás musical me pega de surpresa. E vem aqueeela vontade de postar. E isso eu tenho que aproveitar, já que esse blog agora é um veículo livre, mas um dos pertencentes à Sociedade Alternativa da mente de Tay Lee.
Após tantas indiretas, já deve ter dado para perceber o tema de hoje. Rauzito, o primeiro dos dois grandes nomes do rock brazuca, segundo eu mesma. Porque como o título auto-explicativo eu sou daquelas que têm opinião e gosta de brigar por ela, sem se abater. Ainda mais quando se tem o empurrão necessário, vindo de alguém tão bacana que até um cabeçalho novo fez para o Leestening. Mas como o eu vou falar de Raul Seixas, o Thiago fica apenas com um beijo por hoje! o/

Não tem como falar de Rauzito sem não ser com coisas aparentemente sem pé nem cabeça, que lá no fundo fazem sentido. É nisso que eu me identifico com o cara. Porque foi nessas viagens, quando conheceu Elvis Presley ainda na adolescente e decidiu que seria rock n' roll. Um dos primeiros do país, que estava submerso ainda no mundo da Bossa Nova e respirando a Tropicália.
Passando por fracassos no começo da carreira, Raul começa a se rebelar no começo da década de 70, quando aproveitou uma viagem de negócios feita pelo presidente da sua então gravadora para gravar um LP entitulado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10, que foi retirado de circulação logo após o seu lançamento por não se "enquadrar no formato".
Trocando então de gravadora, o Maluco Beleza começou a fazer sucesso. Com parceiria desnecessária de Paulo Coelho (!!), ele lança o Krig-Ha, Bandolo, e como recompensa, é exilado nos Estados Unidos. Á partir de então, Raul Seixas passa a ser visto por muitos não apenas como um artista revolucionário no mundo da música. O cara passa a revolucionário, literalmente. Ainda mais após músicas como Sociedade Alternativa e Ouro de Tolo. Começa então a sua fase de ouro: músicas como Gita, Maluco Beleza, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás e Rock Das Aranhas atigem o apogueu, mas a saúde de Raul não é mais a mesma. Ele era diabético, e como álcool e diabetes não combinam, esse foi o triste fim de Raul, que faleceu em 1989. Seixas saiu da história da música para caber em um Baú, o Baú do Raul; e para continuar na memória de todos como a eterna Metamorfose Ambulante.

Para os que o viram e para os que nasceram no ano de sua morte, como eu, o sentimento de curiosidade paira: até onde teria ido Raul Seixas se ele estivesse vivo? Provavelmente continuaria um rebelde, já que "A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE."