sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Reclama, sopra... mas no final, todo mundo come uma farofa! V

 Depois de muito tentar refletir sobre qual seria a banda a fechar a semana farofada do Leestening, o cérebro loiro parou de funcionar. Então pensei em... listas, já que todo mundo gosta de listas. E para combinar, aí vai uma das listas mais legais que eu já vi sobre o Hard Rock. E as 69 maneiras sacanas de passar de wannabe para true rockstar:

69 maneiras de se tornar um Hard Rocker


1 – Você é um ser espiritual muito elevado que já descobriu o sentido da vida: hedonismo e diversão. Seu objetivo é ajudar outras pessoas a alcançar esse patamar. Portanto seja divertido.

2 – Escolha um nome para a banda que seja divertido e perigoso, mas não tanto, mais ou menos como fizeram SCORPIONS ou Poison. Nomes com conotação sexual e/ou pecaminosa também são bem vindos. Um bom exemplo é Dr. Sin.

3 – Se possível, faça seus shows sempre bêbado. Bêbados são mais divertidos que pessoas sóbrias.

4 – Além disso, bêbados podem fazer coisas que pessoas normais não podem, como jogar a TV dos hotéis pela janela.

5 – Jogue a TV dos hotéis pela janela.

6 – Quando você se tornar um alcoólatra, interne-se em uma clínica de reabilitação e diga que se arrependa de tudo o que fez quando bêbado. Quando tiver alta, volte a beber antes de todos os shows (afinal, estar sóbrio não é divertido) e reinicie o ciclo.

7 – Caso você seja o vocalista, NÃO beba antes dos shows. Cantar igual a uma arara já é difícil o suficiente sem ter ingerido álcool.

8 – Vocalistas de Hard Rock têm que passar a vida estudando e se esforçando para manter a forma. Porém, quando perguntarem o que você faz para cuidar da sua voz, responda: “Como muita mulher!”.

9 – Guitarristas têm a missão mais difícil, pois têm padrões altíssimos para seguir, como Eddie Van Halen, Jimmy Page, Yngwie Malmsteen e Steve Vai. Estude muito, pelo menos 8 horas por dia. Se perguntarem como você se tornou um virtuoso, veja regra número 8 para saber o que responder.

10 – Coma muitas mulheres.

11 – Se você for mulher, dê para muitos caras. Lembre-se das palavras de Aldous Huxley: “Promiscuidade é um dever do cidadão”.

12 – Sexo grupal é divertido.

13 – Faça sexo grupal.

14 – Nunca coma a mesma mulher duas vezes. A não ser que seja na mesma noite ou que você tenha esquecido dela (nesse caso, ainda assim acrescente um número na lista de mulheres com quem você dormiu).

15 – Quando você comer a mesma mulher duas vezes (ou mais) na mesma noite, multiplique esse número por cinco e conte essa odisséia na primeira entrevista em que tiver oportunidade.

16 – Toda manhã, ao acordar, expulse do quarto do hotel as duas mulheres que dormiram com você (no mínimo), vire para o leste e reverencie seus deuses: Page, Plant, Blackmore, Gillan,Simmons e Stanley.

17 – Após reverenciar seus deuses, reverencie os semi-deuses (aqueles que são a mistura dos deuses com reles mortais): Coverdale e Van Halen.

18 – Feito este ritual matinal, volte a suas ocupações habituais (comer muitas mulheres).

19 – Faça músicas sobre como é comer muitas mulheres.

20 – Se você for mulher, faça músicas sobre transar com muitos caras. Um bom exemplo é a banda feminina The Donnas e seu hino "40 Boys in 40 Nights" (40 caras em 40 noites).

21 – A cada dez músicas sobre sexo, faça uma baladinha sobre amor. Isso é necessário caso você queira continuar comendo muitas mulheres (e você quer).

22 – Palminhas. Palminhas são divertidas. Sempre que possível, coloque palminhas nas suas músicas. Clássicos do estilo, como "I Love Rock & Roll) (Joan Jett and the Blackhearts) e "Slow and Easy" (Whitesnake), sempre têm palminhas.

23 – "Burn" (Deep Purple) deve ser sua maior fonte de inspiração para músicas pesadas. Já suas baladas devem ser fofas e sentimentais. Suas fontes de inspiração podem ser "Wind of Change" (Scorpions) e "To Be With You" (Mr. Big). Lembre-se de colocar violões e coraizinhos em todas as baladas.

24 – Drogas são permitidas. Músicas sobre drogas também.

25 – Sexo, drogas e diversão. "Hell, yeah, bitch"!

26 – Depois que você já for um veterano (mínimo aceitável de 15 anos de carreira) e já estiver completamente lesado de tanta droga, pare de usá-las e dê entrevistas dizendo como as drogas são ruins e como você não as recomenda para ninguém. Se precisar de ajuda para inventar essas baboseiras, assista a entrevistas com KISS ou Ozzy Osbourne.

27 – Por outro lado, nunca e eu realmente digo NUNCA, se arrependa da quantidade de mulheres que você comeu. Sempre que possível, cite um número aproximado nas entrevistas (por aproximado, entenda multiplicado por 5). Entre uma entrevista e outra, aumente pelo menos 100 mulheres nesse número, mesmo que as entrevistas tenham sido feitas no mesmo dia. Gene Simmons domina essa arte como poucos.

28 – Faça as músicas mais pesadas que conseguir (cuidado para não se tornar uma banda de Metal), mas dê um jeito para o grande público achar que sua banda é acessível. A melhor forma para atingir esse objetivo é colocando apenas as suas baladas no rádio e na MTV. Caso não tenha baladas suficientes, escolha as músicas mais leves e comerciais. SCORPIONS e Van Halen são mestres nisso, tanto que poucas pessoas sabem quão pesados eles realmente são.

29 – Não se leve a sério. Deixe isso para a galera do Metal, que canta sobre aço, trovões, honra, dragões, duendes e arco-íris.

30 – Seu público fiel é o mesmo do Metal. Tenha isso sempre em mente. Não faça a besteira de Aerosmith e Bon Jovi, que ficaram mais Pop querendo agradar ao público das rádios e praticamente caíram no esquecimento.

31 – Não seja como Steven Tyler e Jon Bon Jovi.

32 – Se quiser ser igual a Steven Tyler e Jon Bon Jovi, se baseie apenas na quantidade de mulheres que eles comeram.

33 – Seja igual a Gene Simmons.

34 – Como o Gene Simmons comeu mais mulheres que Steven Tyler e Jon Bon Jovi, não seja igual a esses dois.

35 – Seus refrões devem ser pegajosos e com coraizinhos fofos.

36 – Durante os shows, o guitarrista e o baixista devem cantar o coralzinho fofo no mesmo microfone que o vocalista vai cantar o vocal principal.

37 – Use roupas coloridas e chamativas. Calças de oncinha, bandanas e camisetas rosas são não apenas permitidas, mas necessárias. Se não gostar de bandanas, você precisa de um penteado tremendão. O mínimo aceitável é encher seu cabelo de laquê, mas se você quiser ser realmente um “Hard Rocker”, faça um corte igual ao de um poodle.

38 – Coloque um sabonete no meio das pernas. Você tem uma reputação a cumprir (a de comedor).

39 – Faça biquinhos nas fotos de divulgação.

40 – Use batom para deixar seu biquinho mais bonitinho.

41 – Não deixe seu biquinho ser confundido com cara de macho. Cara de macho é para as bandas de Metal. Se tem algo que você realmente não quer, é se passar por machão.

42 – Não se incomode quando os caras começarem a dizer que você é gay. Isso é esperado e planejado. Eles têm inveja da quantidade de mulheres que você come.

43 – As mulheres vão defender sua masculinidade com unhas e dentes. Prove que elas estão certas comendo-as.

44 – Paute sua vida pelas sábias palavras do "manager" do Steel Dragon: “Os homens querem ser você. As mulheres querem dar para você. Seu trabalho é viver a vida com a qual os outros sonham”.

45 – Não seja gay. Não que tenha algo de errado com isso, mas gays não costumam comer muitas mulheres.

46 – Finja ser gay. Mulheres gostam de caras que parecem ser gays.

47 – Coma essas mulheres.

48 – Sempre use óculos escuros. Mesmo que você esteja no cinema.

49 – Esbanje sua riqueza. Compre mansões, carrões e mulherões.

50 – Se você for estadunidense, lembre-se: você toca Metal. Você sabe que ninguém mais no resto do mundo considera Hard Rock e Heavy Metal a mesma coisa, mas desde quando estadunidenses se preocupam com o resto do mundo?

51 – Se você for estadunidense, faça pelo menos duas músicas falando sobre o 11 de setembro. Tragédias são a melhor forma de ganhar mais dinheiro e, conseqüentemente, mais mulheres.

52 – Transformar dinheiro em mulheres é muito fácil. Então ganhe muito dinheiro.

53 – Se você não for estadunidense, finja ser. Ninguém consegue ser tão ridículo quanto os estadunidenses. Nenhuma banda de Hard Rock européia é tão divertida quanto as estadunidenses, por mais que tentem.

54 – Tire fotos de divulgação em frente à bandeira dos EUA, mesmo que você seja iraquiano.

55 – Quando suas vendas diminuírem, diga que a banda acabou porque você não suportava mais seus companheiros e que não existe absolutamente nenhuma chance de vocês voltarem a tocar juntos.

56 – Cerca de dois anos depois, anuncie a grande volta da banda (com a mesma formação de dois anos atrás) e lance um disco ao vivo.

57 – Depois da turnê para divulgação do disco ao vivo, regrave seu álbum mais famoso, de preferência com guitarras afinadas em ré e vocal mais agressivo. Diga que é um presente para os fãs. Os idiotas costumam achar legal esse tipo de demagogia.

58 – Diga pelo menos uma vez por ano que vem para o Brasil, mas cancele na última hora. Twisted Sister eW.A.S.P. são mestres nisso.

59 – Faça o possível para não precisar mais compor e gravar músicas novas. Afinal, a quantidade de groupies em um estúdio é muito inferior à quantidade de groupies em um show. Se precisar de inspiração e cara de pau para conseguir fazer isso, lembre-se de Kiss, WHITESNAKE e Twisted Sister.

60 – Músicas inéditas são para fracos que não sabem viver do passado.

61 – Sempre que possível, diga que os shows não são por dinheiro, afinal, você já tem milhões de dólares. Sua banda voltou porque existem muitos fãs que não tiveram oportunidade de vê-la antes dela acabar (há dois anos). Isso não será nem uma mentira completa, pois o dinheiro realmente não é a finalidade dos shows, apenas o meio com o qual você vai alcançar o fim almejado (mulheres)

62 – Dizer que é tudo pelos fãs = Mais dinheiro = Mais mulheres = o objetivo da vida.

63 – Não case. O casamento costuma atrapalhar o sexo grupal.

64 – Sexo grupal é mais importante que casamento.

65 – Saia com atrizes pornô. Elas são boas de cama e costumam aceitar sexo grupal mais facilmente. Inspire-se no Mötley Crüe.

66 – Se você não curtir atrizes pornô, saia com o elenco de S.O.S. Malibu. O Tommy Lee fez isso melhor do que ninguém.

67 – Grave um filme pornô com as atrizes do S.O.S. Malibu e lance comercialmente com a desculpa de que ele foi roubado da sua casa.

68 – Se possível, chame a Pamela Anderson para estrelar o filme. Se ela já fez isso com Bret Michaels e Tommy Lee, por que não faria com você?

69 – 69 é divertido, portanto pratique com freqüência.


Só algumas observções:

1). A brincadeira com a minha Diva suprema, Miss Pamela Anderson, tão Lee quanto eu foi de mal-gosto. Mas como sou uma pessoa muito bem humorada, deixei do jeito que tava. Afinal, superamos.

2). Eu realizo numa freqüência razoável os tópicos 16 e 17.

3). Tópico 29 para os que ficarem nervosinhos com a brincadeira com o Hard. Why so serious?

4). Os que se identificaram com o Hard Rock e a farofice da coisa e quiserem se aprofundar, é só avisar.


E para fechar com chave-de-ouro (com glitter e uma fita de oncinha amarrada, bem ao estilo) um dos clipes mais farofa de todos os tempos e que só poderia ser da minha banda favorita:




quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Reclama, sopra... mas no final, todo mundo come uma farofa! IV


Twisted Sister pode não ser muito conhecido pelo público não-farofeiro especializado. Mas o Bon Jovi é o ícone da Farofa para o público brasileiro, por ser uma das bandas do gênero mais populares por essas terras tupiniquins. Afinal de contas, a banda passou por várias trilhas de novelas(como o Poison e o Skid Row, já citados) e é dono das baladas mais traduzidas por
 programas de amor de rádios e televisão. Exato, aquelas que todo mundo conhece, como Always, Livin’ on a Prayer, I’ll be There for You, You Give Love a Bad NameNever Say Goodbye e todas aquelas outras que você acha familiar mais não sabem quem canta. Sim, elas são do Bon Jovi.

 Acho que gosto da idéia de classificá-los em uma nova categoria no mundo do hair metal, desenvolvida em meio aos meus devaneios: O farofa com mel. Sim, idéia totalmente inspirada em um certo comentário no post anterior que me fez pensar em hair bands e tecno brega como uma coisa só. Vamos lá gente, o Chimbinha é O cara na guitarra!

 Ironias à parte, a banda de New Jersey é bem invejada pelo público masculino, isso é fato. Afinal de contas, os caras era os hard nos anos 80, conquistavam o coração das mocinhas afoitas –groupies ou não- cantando que querem deitá-las em camas de rosas e todo esse blábláblá de roqueiro que pega mulher. E digamos que o Bon Jovi não precisava de truques da maquiagem para ficarem “atraentes”; como toda boa banda da época, o abuso dos brilhos e os peitos cabeludos (quase pombos a rurrulhar). Mas reafirmo: Isso não era necessário, já que todo mundo faz o trocadilho manjado com o Bom Jovi. E os caras são bons mesmo, em todos os sentidos. Tão bons que agora eles pagam de bons moços, produzindo CDs acústicos (que essa blogueira não recomenda), fazendo apenas musiquinhas lindas e com clipes comoventes. Será a nova estratégia de conquista?

'Til we ain't strangers anymore:

Voltando a nova classificação do Bon Jovi, vejo que a banda, digamos, evoluiu no conceito; as músicas românticas não são mais apenas melodramas e passaram a ser mais corriqueiras, com histórias e brigas, bem ao estilo da clássica Livin’ On a Prayer:

Com isso, interpreto o Bon Jovi atual como uma banda de Pop Rock. E por isso, eles vêm sendo massacrados pelos fãs saudosistas, que vivem no seu passado dourado e acham que músicos que tocam há mais de 20 anos a mesma coisa, deveriam  prosseguir com a mesmice e tentar fazer músicas anacrônicas. Há o sério problema da moda agora, e infelizmente, a moda das hair bands e o hard rock já passou. E Jon Bon Jovi precisa continuar sustentando a sua ninhada. Confesso que concordo com os que falam que o Bon Jovi caiu qualitativamente, faz parte. Mas definitivamente, não pode ser denominada como uma banda ruim, como muitos enchem a boca pra dizer. Pelo menos uma salva em nome das suas tão boas baladinhas antigas, que todo mundo fala mal, mas que quando ouve, canta com o coração,e sempre lembrando de como é boa uma farofa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Reclama, sopra... mas no final, todo mundo come uma farofa! III

Segundo a Wikipédia, o conceito de hierarquia é:

"A ordenação de elementos em ordem de importância. Mas pode significar mais especificamente:

A distribuição ordenada dos poderes.

A graduação das diferentes categorias de funcionários ou membros de uma organização, instituição ou Igreja.

A ordenação de elementos visuais para tornar a informação mais facilmente inteligível ou para destacar elementos de uma composição".

Pegue a quarta definição. Agora pense na Farofice que me propus a falar essa semana. Se a imagem que tem vem à cabeça é essa...

Parabéns, a minha lavagem cerebral sobre o Hair Metal Oitentista está dando certo com você! Porque, me perdoem os não familiarizados, não dá para imaginar o Hard Rock sem a figura emblemática que se tornou o Dee Snider, sim, o ahn, glam da foto acima. Apesar de não ser de Los Angeles, não ter iniciado sua carreira primordialmente nos anos 80 e de ser, para mim, uma ramificação de Alice Cooper em suas performances no palco, o Twisted Sister tem sim a sua farofa. E ela não se resume em Dee Snider, por incrível que pareça.

Nascido em meados dos anos 70, com a intenção de banda cover, o Twisted Sister só conseguiu gravar o primeiro cd em 82, e nele está contido o primeiro clássico da banda, You Can’t Stop Rock N’ Roll. E nessa música, em particular, se percebe claramente a influência do Heavy Metal setentista do Deep Purple e do Black Sabbath, por exemplo, exatamente nos riffs ritmados e ágeis, características base do estilo. Mas como o nosso papo semanal é a farofice e o hard rock cheio de plumas, pose e principalmente, atitude, vamos ao que interessa: O segundo álbum, intitulado Stay Hungry. Não que nesse cd não exista o Heavy, pelo contrário, é até mais notável. Se não fossem os clipes e refrões dos hinos do Twisted Sister, I Wanna Rock e We’re Not Gonna Take It:

 


 


Ambas se tornaram o auge dos anos 80, e o Twisted Sister se tornou uma das bandas mais populares no EUA na época. Populares ao ponto de Dee Snider ser consagrado como um ícone. Vale destacar que apesar da aparência nada amistosa, Dee é um bom moço. Ele foi uma das celebridades responsáveis pela criação do selo de Parental Advisory, aquele que aparece nos álbuns com músicas contendo mensagens de violência, sexo, drogas ou derivados. Enfim, tudo aquilo que as tradicionais famílias Americanas da década de noventa repudiavam. Snider foi lá, fez seu papel e o selo foi criado. Quer mais atitude que isso?



Viso que o Twisted Sister só não possui mais respeito entre os headbangers devido ao seu visual. Sim, aquela mesma história ridícula de “é banda de gay”, “esses caras são um lixo e precisam do seu visual para aparecer” e toda essa caretice. O que penso ser engraçado é o fato da banda fazer um Rock N’ Roll muito melhor e honesto –eles sempre foram essa papagaiagem, vão por mim, e nunca precisaram mudar em nada para obter o sucesso que tiveram na gringa- do que muita bandinha com o visual tão “do mal” espalhada por aí. Não vou citar exemplos, creio ser desnecessário em frente a magnitude do Sister. Então, só cala a boca e escuta. Se tiver gostado, é claro. Ou senão, saia por aí gritando que quer Rock! Já que estamos certos, somos livres e iremos brigar. Você vai ver!


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reclama, sopra... Mas no final todo mundo come uma farofa! II


Se o prato farofístico de ontem foi reconhecido por estar na trilha de muito filme oitentista perdido pela Sessão da Tarde, afirmo que o de hoje é um dois reis das baladinhas fofas com clipes ainda mais fofos. E, por que não, integrantes fofos, e que definitivamente, não deixam de ser excelentes músicos. E serão, eternamente, a Juventude Selvagem. Tem até um vocalista com nome de compositor clássico. E para fugir um pouco a regra, a banda não é de Los Angeles. E se chama Skid Row.

Tendo os caras do Bon Jovi como padrinhos, o Skid Row tem mais coisas em comum além dos poodle hair e baladas célebres; ambas as bandas são de New Jersey, e Sebastian Bach e companhia deve ao Bom Jovi o contrato com sua produtora e o lançamento do seu primeiro álbum. Que foi um sucesso, e apenas o início dos clássicos do Skid. Afinal de contas, é de lá que saíram os hinos I Remember You (daquelas que você põe a mão no coração e canta aos berros, se acabando em lágrimas) e 18 and Life (a história do menininho triste, ohn!).

Mas não, o Skid Row não é apenas baladinhas fofas que doem na alma. Eu vejo como uma das melhores bandas do estilo, graças ao talento incontestável dos integrantes da banda, em especial a voz de Sebastian Bach. Eu sou daquelas suspeitas, e assumo que pago pau bonito para a voz dele. E que voz! Lembro-me bem da primeira vez que escutei a banda, devia ter os meus 12 anos e a loucura para descobrir coisas novas era tanta que ficava assistindo os clipes obscuros da MTV toda madrugada. E então assisti In a In A Darkened Room, que pertence ao segundo –e melhor- álbum, Slave To the Grind:




O meu choque foi tanto que não consegui prestar atenção em mais nada, a não ser na voz (ok, não apenas na voz) de Sebastian. Já viram tudo, amor à primeira vista. Então, aproveitei esse primeiro contato com a banda e comprei o cd. Segundo choque: ouvir o lado pesado do Skid Row, que para mim, é melhor que o romântico. E a prova está em Wasted Time (música que reza a lenda,foi escrita por Bach para Steven Adler, o drogado baterista do Guns N’ Roses que só se afundava na época). Apesar de ser uma “baladinha” na primeira ouvida, a densidade da música está presente na melancolia dos acordes e na triste letra. Confesso que chorei, tamanha a emoção que essa música me passou. Se ficou curioso, assista:





Se ficou com uma sensação pesada após essa música, relaxe. Eu vou ser boazinha, afinal de contas, nada melhor do que baladinhas. E melhor que baladinhas, são as do Skid Row. Então, para encerrar, de novo a minha favorita, e a que mais da vontade de cantar aos berros FOREVER!



segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Reclama, sopra... mas no final todo mundo come uma farofa!

Depois de tantos elogios recebidos no meu post sobre o Queen, posso dizer que dei uma bela empolgada em relação ao blog. E a empolgação é tanta que resolvi fazer posts diários, num período de cinco dias sobre um assunto em comum. Confesso que fiquei meio em dúvida diante de tantas possibilidades existentes no universo musical, e após muito matutar essa pequena cabecinha loira, resolvi falar sobre algo que acho, digamos, a minha cara: O injustiçado Rock Farofa.

 Não há nada que me irrite mais do que pessoas “metal-do-mal”. Sim, aqueles que compram blusas do Iron Maiden na banquinha, e que pelo fato do Nikki Sixx –baixista do Mötley Crüe- ter comido a mulher do chato de galocha do Bruce Dickinson enquanto eles ainda eram casados, tomou as dores do então vocalista do Iron Maiden e resolveram falar o que não sabem das hair bands, termo muito mais cabível a essa vertente do Rock Oitentista. Também existem alienados que rotulam as hair bands como GAYS, devido ao visual das bandas, que se resume na herança fashion do Glam Rock do fim dos anos setenta –iniciado pelo New York Dolls, Bowie, entre outros- com uma pitada de... anos 80. Tamanha infâmia, visto que não há tática melhor para o principal objetivo de um hair rocker: pegar mulher. Sim, eles são os maiores comedores da história do Rock N’ Roll, segundo Gene Simmons, do Kiss. As groupies da época que o digam!

O que definitivamente deve ser levado em consideração era o visual: maquiagem feminina e pesada, paetês, calças de couro justérrimas, bandanas e... laquê. E quando se fala em laquê eu penso no vocalista de farofa que consegue ser mais Barbie que essa blogueira frustrada: Bret Michaels, o loiro-malibu do biquinho. Logo, o Leestening hoje pertence ao Poison!  

Esconda a purpurina aquele que nunca cantou hinos da farofice como I Want Action, You Mama Don’t Dance e Talk Dirt To Me. Melhor ainda, corra para aquela sua caixa com CDs velhos, livre-se da poeira contida no seu Love Metal e vá escutar Something to Believe. Sim, vão por mim, vocês já escutaram Poison pelo menos uma vez na vida, nem que seja naquele momento dor-de-cotovelo, no qual você sintoniza o rádio às duas da manhã e lá está Every Rose Has Its Thorn ou I Won’t Forget You:

 

 

A banda, que inicialmente tinha o nome de Paris, não foge do estériótipo de hair band em nada. Nascida em Los Angeles, começou com pequenos shows em bares e boates como a Sunset Strip, Rainbow e The Whiskey a Go-Go. Teve seus dias de glória como as demais bandas no fim dos anos 80 e diversos videoclipes na MTV. Infelizmente, caiu em frente a (des)graça do Grunge nos anos 90, e ficou inativa até 2002, com a reunião da banda e o lançamento de Hollyweird (excelente para quem, como moi, ama o gênero). Atualmente, Bret e os demais membros da banda diversificam-se entre projetos paralelos (o vocalista participou de um reality show broxante no qual buscava uma namorada, chamado Rock of Love) e turnês nos Estados Unidos com o Poison. 

O prato de farofa se encerra por aqui. Mas guarde estômago, porque comida da boa estará na mesa a semana inteira!

Para finalizar, a minha favorita, Nothin' But A Good Time:


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Por favor, matem a Rainha.

Se o meu pai soubesse o que é um blog, acessar a internet sem me gritar de 15 em 15 minutos e se ele não perguntasse por que não consegue entrar no e-mail dele com outra senha, ele estaria bem orgulhoso com esse post. Ah sim, ele muito menos sabe o que é post. Mas se ele visse sobre quem eu vou falar agora, tudo se esclareceria, por ser A Kind Of Magic. A banda rainha do planeta para mim, para ele e para muitos, desde gregos a troianos, desde ingleses a latinos.



Ao ler o news poppin e o post da Gabee sobre o Duran Duran, lembrei do papai Freddie (meu pai era parecido com o Freddie Mercury quando novo, até chegaram a confundi-lo no aeroporto) e da minha infância. Eu cresci ouvindo Queen, com vinis e VHS pela casa e com a linda melodia de Love of My Life, que segundo o meu genitor, é a música mais linda do mundo. Foi inclusive uma das primeiras músicas que aprendi nas aulas de teclado, a música da minha primeira apresentação e foi com a voz de Fred que aprendi o que era tenor.


As notas mais altas antingidas por Freddie:



Too Much Love Will Kill You (com Pavarotti):



Mas, infelizmente, ele se foi. Um dos maiores vocalistas da história do Rock se mandou para o céu –não que fosse santo, tampouco mortal- nos deixou com sede de Queen. E salve, salve! Outros dois integrantes da banda, Brian May e Roger Taylor resolveram reaparecer. Então, acharam o Paul Rodgers perambulando por aí, lembraram-se que Freddie tinha uma admiração monstruosa pelo cara e resolveram refazer o... Queen. Tudo isso para fazer nascer a ira de Tay Lee. Brincadeiras à parte, não posso dizer nunca que a banda é ruim, até que porque com músicos desse calão e com músicas ainda mais magnânimas, até eu como vocalista faria sucesso – é, eu disse brincadeiras À PARTE. Admitamos porém que a causa é nobre, pois segundo Brian, a renda arrecadada com a venda do novo CD será revertida para pesquisas que buscam a cura da AIDS, causa da morte de Mercury. Mas não acho que isso sirva de desculpa para uma banda que tinha então, acabado desde o lançamento do Made In Heaven voltar com a intenção de faturar um trocado às custas da fama de outrora. Por que não outro nome, músicas novas ou qualquer outra novidade? Seria a hora da rainha largar o manto, manter a humildade e seguir a regra como outras bandas. O Velvet Revolver serve de exemplo, já que mesmo com um o Hard Rock como base para as suas músicas, a semelhança nominativa (o “Guns” e o “Revolver”) e sem vocalista segue, original, boa, e o melhor, com músicas novas.

Talvez seguir a receita seja mais fácil... mas que tal uma interpretação ao menos, Rodgers? Até o Taylor e o May te ajudaram, não dava pra fazer melhor não?Afinal de contas, cantar para o Queen não é pouca bosta.

Assista e compare:


Under Pressure com Paul Rodgers (thanks Brian for the high notes):



Under Pressure com Freddie Mercury (aaaaaahhh!):



Não quero acreditar que seja apenas ganância, também não quero fazer a Paola Bracho (obrigada pelo presente DEEVA, meegs) e dizer que é péééssimo o novo “Queen”. Só acho que tudo tem seu tempo, e do da rainha se acabou. The Queen is dead, como bem disse o The Smiths.



Ah sim, e para não passar batido, um diálogo familiar:

Tay Lee:

-Paaaaai, tá, eu sei que você vai esbravejar, mas vai ter show do Queen aqui no Brasil! Vamos?


Papai Freddie wannabe:

-O que?


Tay Lee:

-É pai, lá em São Paulo, se nos programarmos dá certo! Pelo menos pra ver o Brian...


Papai Freddie wannabe:
-Aquilo não é Queen.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

E o mundo quase se acabou.

Antes de mais nada, reflitam: http://conexionquepasa.blogspot.com/

Sim, essa blogueira que vos fala também ficou indignadíssima. E antes que me acusem de ser uma vendida americanizada ou de não ter culhões (!) para falar sobre música latina, eu pego um país latino à contra-gosto denominado Brasil. É, essa nova ilha que foi recortada do resto da América do Sul e que possui uma variedade musical tão extensa que não precisa de mais nenhuma influência, novo ritmo e derivados. Abandonemos o Rock N' Roll, o Reggae, o Pop, o Soul, o Jazz e nos joguemos apenas na MPB, na Bossa Nova, no Congo e no Créééééu, como disse sabiamente a Carla no post do conexionquepasa.
EXTRA EXTRA! Dizem as experientes línguas que a Bossa tem influências do Jazz e de todo o movimento Pós-Guerra americano, que o "Rock" feito por "bandas" como NxZero, Fresno e derivados não passa da mistura de letras do Morrissey -mal escritas, é óbvio- com 3 acordes de guitarra que soam familiar ao Punk Americano. E o Congo, ah, o orgulho capixaba não passa da ritmação vinda da África que desenvolveu TODOS os movimentos musicais do século XX. Pra quê TAAANTA nacionalidade, Brasil? Qual foi a utilidade do Gremi (escrevamos em português então) brasileiro? Para mim, só fez cócegas. Assumo, boas gargalhadas. Afinal, o que mais pode sair de Sandy cantando Carmen Miranda, "E o mundo não se acabou"?



Vamos lá, diva do clássico Maria-Chiquinha, volte para a sua carreira solo que é muito melhor. O talento de Sandy é incontestável, assim como a sua falta de vocação para ser tão tropical e caliente quando Carmen Miranda (uma portuguesa) foi. Para mim, o objetivo dessas misturas inusitadas no gremi era mostrar como o Brasil é rico e diversificado musicalmente- quem precisa de Ruanes?
Só que os idealizadores desse tão grandioso projeto esqueceram de lembrar que o Sepultura é uma banda de Metal para gringo ver e que essa confusão de Bossa Nova em inglês com o mais novo hit dos meninos de Minas não agradou meus ouvidos...



Mas como já é costume por aí, quando não se tem nada para tocar, toca-se Raul. Nunca desmerecendo-o, a lamentável apresentação de Pitty só serviu mesmo para nos lembramos que Yes, nós ainda temos coisas boas no Brasil. Não a Pitty, obviamente, mas sim Raul Seixas e Edgard Scandurra. E que isso não sirva de desculpa para elevar os nossos egos e acharmos que somos o país da música, onde a Gaiola das Popozudas e Strike são sucessos nacionais.




Na dúvida, toque Raul. Vai te fazer ficar bacana, entendido de música e ainda por cima, patriota.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Boas-vindas à Democracia Chinesa?

!
Era lenda, era piada, era motivo de chacota e muita gente me irritou com essa história no auge da minha adolescência. Fui bem iludida, era o meu auge Gunner e minha diversão aos 11 anos era assitir o Use You Illusion I e II e ficar dançando como o Axl Rose em Mr. Brownstone. Eu era feliz, e bem esperançosa. Até que um belo dia minha esperança acabou, quando vi que mais uma vez o Chinese Democracy não ia sair. Ok, tenho 19 anos e continuo na esperança, apesar de agora não ser mais apenas uma fã com o coração quebrado -oh!


Guns N' Roses na formação clássica de 88

Como boa aspirante à colunista musical que pretendo ser, me sinto no direito de fazer uma análise sobre algumas músicas do Chinese Democracy, que dessa vez tem o lançamento previsto para dia 23 de Novembro. E infelizmente, eu queria ter a cabeça Gunner que tinha há 7 anos atrás. Queria continuar com a minha plataforma de defesa de "ahh, porque não apoiar o trabalho novo de um artista consdagrado e velho?" mas pelo que me parece, com o Chinese a minha opinião infelizmente vai mudar. Tem músicas muito boas, mas Axl poderia ter feito melhor nesses anos todos, contratando Sebastian Bach, Brian May (e cortando a participação dele na última edição do álbum ¬¬) e tantos outros. What a shame.


Sebastian Bach, do Skid Row (mais acabado que Axl, que deprimente) e Axl atualmente.

Nunca na minha vida contestarei o talento de Axl como vocalista-falsetes aí- compositor e principalmente como show-man. Mas ele não é mais o mesmo. Também pudera, já se passaram 14 anos desde o fim oficial do Guns N' Roses e o lançamento do último álbum (tirando os greatest hits e derivados), The Spaghetti Incident?
Ele perdeu voz, e muito, apesar de sempre ter sido contestado quanto isso, seus falsetes (originalmente Axl é segundo barítono, mas chega a tenor num piscar de olhos). Mas o quê se percebe no Chinese Democracy, em músicas como The Blues, Better e Catcher in the Rye é que ele pelo menos andou estudando música.

Guns N' Roses- The Blues (áudio)



Guns N' Roses- Better (Rock Am Ring 2006)

Obviamente o álbum não será nenhum Appetite for Destruction, mas já marcou época. Polêmica nunca faltou e provavelmente não faltará. Mas acho que falta esperança para os que desencantaram com o senhor William Bailey, vulgo Axl Rose ou Oral Sex em um anagrama qualquer. O Guns N' Roses marcou a história do rock com um dos álbuns mais louváveis do Hard Rock 80's, é a banda do gênero que mais possui fãs no Brasil e sem dúvida alguma uma das melhores. Já o "Guns Only Rose" não sei o que promete, mas não me surpreendo se não for muito.

Para os saudosistas, fiquem com o Guns até 94, aquele com Slash, que não fez nada a não ser copiar Joe Perry (com menos técnica, for sure), criar riffs históricos e músicas belíssimas - reza a lenda que November Rain foi escrita em 15 minutos (!)- , Duff Mckagan, o primeiro baixista da hard rock que originalmente era baterista do novo grunge de Seattle(woo-hoo!), Izzy Stradlin e sua guitarra-base marcada e Steven Adler, o brilhante baterista que quase arruinou com a banda no auge. Sim, a formação clássica que é a melhor. Fiquem por lá, é melhor. Já que esses renascimento de bandas andam me decepcionando, pegarei mesmo o meu vinil e voltarei para os anos oitenta, onde a grama era verde e as garotas eram bonitas, como dizia o bom e velho Axl...

Mas a minha esperança Gunner persiste e espero algum dia em breve fazer um post rasgando-me em elogios para essa nova-velha Democracia Chinesa.