sexta-feira, 14 de novembro de 2008

E o mundo quase se acabou.

Antes de mais nada, reflitam: http://conexionquepasa.blogspot.com/

Sim, essa blogueira que vos fala também ficou indignadíssima. E antes que me acusem de ser uma vendida americanizada ou de não ter culhões (!) para falar sobre música latina, eu pego um país latino à contra-gosto denominado Brasil. É, essa nova ilha que foi recortada do resto da América do Sul e que possui uma variedade musical tão extensa que não precisa de mais nenhuma influência, novo ritmo e derivados. Abandonemos o Rock N' Roll, o Reggae, o Pop, o Soul, o Jazz e nos joguemos apenas na MPB, na Bossa Nova, no Congo e no Créééééu, como disse sabiamente a Carla no post do conexionquepasa.
EXTRA EXTRA! Dizem as experientes línguas que a Bossa tem influências do Jazz e de todo o movimento Pós-Guerra americano, que o "Rock" feito por "bandas" como NxZero, Fresno e derivados não passa da mistura de letras do Morrissey -mal escritas, é óbvio- com 3 acordes de guitarra que soam familiar ao Punk Americano. E o Congo, ah, o orgulho capixaba não passa da ritmação vinda da África que desenvolveu TODOS os movimentos musicais do século XX. Pra quê TAAANTA nacionalidade, Brasil? Qual foi a utilidade do Gremi (escrevamos em português então) brasileiro? Para mim, só fez cócegas. Assumo, boas gargalhadas. Afinal, o que mais pode sair de Sandy cantando Carmen Miranda, "E o mundo não se acabou"?



Vamos lá, diva do clássico Maria-Chiquinha, volte para a sua carreira solo que é muito melhor. O talento de Sandy é incontestável, assim como a sua falta de vocação para ser tão tropical e caliente quando Carmen Miranda (uma portuguesa) foi. Para mim, o objetivo dessas misturas inusitadas no gremi era mostrar como o Brasil é rico e diversificado musicalmente- quem precisa de Ruanes?
Só que os idealizadores desse tão grandioso projeto esqueceram de lembrar que o Sepultura é uma banda de Metal para gringo ver e que essa confusão de Bossa Nova em inglês com o mais novo hit dos meninos de Minas não agradou meus ouvidos...



Mas como já é costume por aí, quando não se tem nada para tocar, toca-se Raul. Nunca desmerecendo-o, a lamentável apresentação de Pitty só serviu mesmo para nos lembramos que Yes, nós ainda temos coisas boas no Brasil. Não a Pitty, obviamente, mas sim Raul Seixas e Edgard Scandurra. E que isso não sirva de desculpa para elevar os nossos egos e acharmos que somos o país da música, onde a Gaiola das Popozudas e Strike são sucessos nacionais.




Na dúvida, toque Raul. Vai te fazer ficar bacana, entendido de música e ainda por cima, patriota.

2 comentários:

Carla disse...

Só digo mais uma coisa: e viva a música brasileira!

obrigada por linkar, Tay ;).

Anônimo disse...

Não gosto do Raul Seixas. Nem dele, nem da "sociedade alternativa" que ele e seu amigo bruxo idealizaram às sombras de Aleister Crowley...
Também não gosto do Sepultura. Ainda mais cantando Bossa Nova... tenho pena.

E eu nem sei se o Lenine foi indicado, mas o álbum dele deste ano, Labiata, é fodástico e merecia ter ganhado um prêmio.

E o Brasil é latino sim.