quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Veja bem, meu bem. Não vi, mas não me esquecerei da rosa radiotiva, estúpida e pálida.

"O gato preto cruzou a estrada, passou por debaixo da escada". Cruzes, parece até macumba ou até mesmo maré de azar. Só acontecem coisas para atrapalhar a minha desbravação musical pelo solo espírito-santense. Piadinha infeliz, sorry, ando meio revoltada. E para completar, hoje acordei meio Ney. Neyzinho, meu querido do sangue latino. E eu perdi o show de sábado.
A revolta é justificável, visto que esperei horrores por esse show.Tive motivos maiores e não é porque não fui que deixarei de comentar do show que não assisti e do artista que não vi.
Ney Matogrosso para mim é algo sublime... afinal de contas, não é qualquer um que tem o poder de criar uma tendência na música e fazer esta tornar-se mundial. Dizem por aí que a moda de máscaras - que vai do Kiss ao modismo do Slipknot- e apresentações com recursos teatrais -salve Alice Cooper e Peter Gabriel- foi "inventada" pelo Secos e Molhados juntamente com a mente fértil de Ney. Verdade ou não, acredito nessa relação, afinal a música é feita de referências e inspirações. E porque não inspirar-se na latinidade da coisa (beijos, conexionquepasa)? Todo mundo sabe o quanto a bossa nova é admirada pelos gringos e como é engraçado os verem sambar e se relar nas mulatas em pleno carnaval carioca.
Espelhados nos brasucas ou não, a semelhança é clara. Mas não foi nessa época que o teatro invadiu à música. Me atrevo a dizer que foi anos antes, com bandas como o Stooges, Velvet Underground, MC5 e o cenário nova-iorquino do fim dos anos 60. Na época era comum a realização de sarais, exposições artísticas e shows em conjunto, todos com o dedinho de Andy Warhol. Lou Reed recitava versos no meio do show fantasiado de qualquer-coisa-que-viesse-à cabeça e Iggy Pop deixava de ser nerd e rolava em cacos de vidro no palco. Ultrajante e teatral para a época, diga-se de passagem.
De volta ao Ney. Me arrependo de não ter visto o meu andrógeno purpurinado e glam até a alma de perto. De não ter "groupiado" horrores chamando-o de lindo. Viraria homem e lobisomen por ele. Mas fica pra próxima.




ROAAAAAAAAAAAAAAAAAAR!











Kiss e Secos & Molhados: Alguma semelhança fashion?



























Peter Gabriel pronto para dançar O Vira com Ney






Vídeos:


Mal Necessário, Ney Matogrosso

O Tempo Não Pára, Cover do Cazuza, Ney Matogrosso

O Vira ao vivo, Ney Matogrosso

Rosa de Hiroshima, Secos e Molhados

I Was Made For Loving You, Kiss (clááássico!}

Exagerado, Cover do Barão Vermelho, Ney Matogrosso (tem que ver pra crer)

Veja Bem, Meu Bem, Ney Matogrosso

4 comentários:

Carla disse...

Acredite ou não eu estou escutando, tchanan... NEY! *medo* Essas coisas do capeta capetudo que só acontecem conosco! Naan, Ney é telepático, apocalíptico quase... E hipnótico... Você não foi, mas ele cantou para ti assim "Coragem, coração. Se joga!".

te extraño demasiado =B

Jananda. disse...

Tudo bem, amiga, Ney TEM que ser o assunto em pauta! =P
Já te disse isso, mas, ficou ótimo! Comparações mais que originais - e coerentes.
Leestening é Leestening! top top!
u-hu!

Sarah F. T. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sarah F. T. disse...

Minha jornaista é gênio!
Só tu para conseguir descrever bem trechos do show sem nem ter ido! Mas tu não paras por ai... Em conjunto ainda ótimas e coerentes observações.
Só faltou falar do super válido strip-tease e das senhorinhas das mesas se abanando ao ter ney corpo-a-corpo com elas (600 reais neste caso seriam altamente bem gastos).
E, baby, o tempo não pára... Começe logo a escrever mais! Um gênio nunca pode parar! ;)
beijos
much love